terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Introdução de nova Matriarca


Depois de algumas conversas com outros apicultores, fiquei tentado a experimentar uma Rainha de uma raça mais mansa e produtiva. Aproveitando alguns Núcleos que fiz no final da cresta com a criação que elas fizeram em vez de mel (publicado num post anterior), e seguindo as orientações do vendedor, meti mãos-á-obra, e vai daí, adquiri uma bonita Lingústica.
 

A introdução correu bem, boa postura, e já nasceram as primeiras amas. Como se pode observar já se notam as diferenças da nova raça, nas suas risquinhas mais amarelas.

Para o próximo ano veremos a diferença das diferenças raças, e aí poderemos avaliar as vantagens e desvantagens em substituir as ibéricas.
 

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Parabéns a todos!

Pode não ser muito, mas quando em maio me iniciei nesta aventura de poder partilhar com todos vocês a minha paixão pela apicultura, as minhas conquistas e experiências, nunca sonhei aqui chegar.
Como em tudo na vida, continuarei a perseguir novas metas, e com elas novas partilhas virão.
Um muito obrigado a todos.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Uma imagem vale mais que mil palavras

Veio o Outono, e com ele muita chuva, e mais chuva, e mais chuva…
Os dias não têm estado frios, mas a chuva tem sido tanta que a cada dia de Sol que desperta é um regalo ver as abelhas na recolher do Pólen, à que armazenar para o inverno que se aproxima a passos largos.
Tal como na fábula da Formiga e da Cigarra, as nossas abelhinhas são umas autênticas cigarras, não se cansam de trabalhar desde que o tempo o permita. As flores nestes últimos meses já são em menor quantidade, mas nesta altura do ano, a flor da hera é um das mais apreciadas.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Urze Torga em Flor


Depois de terem surgido algumas dívidas com o nome da flor de Urze que apresentei na publicação anterior, efetuei alguma pesquisa tentando ser o mais esclarecedor possível sem ser no entanto demasiado exaustivo.

“A Urze (Calluna Vulgaris ou Erica Vulgaris) pertence à família das Ericáceas. Este arbusto tão comum na flora mediterrânica também é conhecida por Torga, Queiró, Queiroga, Mongariça, Carrasca, Urze do Mato, Barba do Mato, Quebra Panelas, ou Urze Roxa, o seu nome varia de região para região.

A Urze pode atingir um metro de altura, é lenhosa, podendo das suas raízes (Torga) fazer-se carvão. A Urze floresce entre Junho e Outubro, as suas flores são de vários tons, do rosa até ao lilás e branco, o seu perfume é muito suave e doce, daí ser muito apreciado pelas abelhas, e pelos Apicultores. Esta planta é muito resistente podendo viver cerca de quarenta anos.”

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Urze em Flor

Chegou mais um outono, e com ele, a Urze está novamente florida.


É um encanto chegar ao apiário e ver todo a encosta da serra em tons de roxo.

Quando nos aproximamos devagar, conseguimo-nos aperceber das abelhas a trabalhar na flor da Urze. Nesta altura do ano o alimento está mesmo a porta de casa, não sendo necessário grandes viagens para efetuarem a recolha.
Com uma observação mais atenta conseguimos ver as abelhas na colheita do pólen, aí vão mais duas trabalhadoras carregadas.
 

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O GRANDE DIA……………


Finalmente chegou o grande dia. Para um apicultor, este é um dos dias mais aguardados ao longo do ano, o dia da CRESTA.

Neste dia é que se vê se valeu a pena, tanta correria e preocupação a cuidar destes seres maravilhosos que são as abelhas.

Este ano, possivelmente devido ao clima que temos tido, a minha produção de mel não correu nada bem. Nas alças que se destinavam á produção de mel encontrei muitos quadros com criação, o que não é normal nesta altura do ano, pelo menos em tanta quantidade. Tive casos de em nove quadros que constituem uma alça cinco ou seis estarem com criação, não permitindo por isso a sua retirada para extração.

No entanto, a produção obtida ainda vai dar para saborear, Mel de URZE da Serra da Lousã, são servidos?.....

Resultado final da época. Fraca produção de mel, mas em contrapartida aproveita-se para reforçar alguns enxames que estavam mais fracos, e criam-se mais alguns núcleos na tentativa de aumentar os efetivos, e claro, esperar que o próximo ano corra melhor.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

CRIAÇÃO DE RAINHAS (2ª Experiência)


Nesta segunda experiência na criação de Rainhas a percentagem de aceitação já subiu, passou agora para 50% dos Pickings efetuados. Mesmo não sendo uma percentagem extraordinária, já é razoável.
A experiência e o nível de aprendizagem adquirido também conta, vou tentando perceber no que errei ou fiz da forma menos adequada para melhorar na vez seguinte, mas tenho perfeita noção que ainda me falta percorrer um longo caminho até me poder considerar um entendido na matéria.
 
Mesmo não sendo muitas Rainhas, na altura em que estas nasceram tive que fazer opções, ou efetuava desdobramentos ou produzia mel, não se pode ter tudo.

Aproveitei para efetuar alguns desdobramentos com introdução de rainhas virgens, e coloquei outras nos Mini-Núcleos de fecundação que ainda tenho a trabalhar para aproveitar para o final da cresta.

O Ano apícola ainda não terminou, mas as abelhas este ano têm tido alguns comportamentos fora do normal, suponho que o tempo que temos tem contribuído para isso……

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Fecundação de Rainhas (1ª Experiencia)


Apesar do tempo não ter corrido muito de feição, a minha 1ª experiência com núcleos de fecundação até que nem correu mal de todo.
Para o efeito fiz uns Mini Núcleos de fecundação em roofmate, estes são para trabalhar com três meios quadros de meia alça reversível. A ideia é de início ter dois quadros com cera e um de alimentador, mais tarde, se for necessário ter as rainhas mais algum tempo dentro do núcleo substitui-se o alimentador por outro quadro de cera.
 



Como contei anteriormente tinham nascido quatro Rainhas. Destas morreram duas ainda em casa, tive-as muito tempo dentro das gaiolas pois ainda não tinhas os mini núcleos a funcionar (mais uma lição a tirar para o futuro).
 
As duas Rainhas que entretanto foram introduzidas nos núcleos apanharam uma semana de maio em que as temperaturas baixaram muito e houve também muita precipitação, pelo que demoraram mais tempo que o normal a fecundar.

Entretanto as Rainhas já se encontram em plena postura.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Curiosidades: Abelhas Citadinas Usam Plástico Para Construir Ninhos

Duas espécies de abelhas que vivem nas cidades começaram a construir ninhos com resíduos de plástico. Segundo um estudo realizado por cientistas, o uso daquele material pode significar uma adaptação da espécie ao meio e pode até trazer vantagens.

O estudo foi realizado por cientistas da Universidade de York, no Reino Unido, e Universidade de Guelph, no Canadá, e publicado no jornal da Ecological Society of America's. As duas espécies de abelhas analisadas não são sociais nem constroem colmeias. Vivem em pequenos ninhos em caules de plantas, buracos de árvores e postes.

De acordo com os cientistas, as abelhas estão a utilizar diferentes tipos de plástico que se assemelham a folhas ou resina, as matérias naturais normalmente utilizadas para a construção dos ninhos.

Este comportamento deverá ser o resultado da adaptação destes insetos ao ambiente citadino. De acordo com o estudo, a construção dos ninhos com plástico poderá revelar-se vantajosa uma vez que este material deve impedir fisicamente os parasitas de infetar o habitat das abelhas.

De forma a analisar detalhadamente a construção dos habitats destas espécies, J. Scott MacIvor, cientista envolvido no estudo, juntou cientistas de Toronto, Canadá, durante a primavera de 2012, para ajudar a colocar ninhos artificiais pela cidade.

No outono, quando foram verificados estes habitats, os cientistas descobriram que a abelha "Megachile" tinha incorporado pedaços de sacos de plástico nos seus ninhos, juntamente com as matérias naturais normalmente utilizadas, tais como folhas, lama, pequenos seixos e resina.

A publicação indica outros exemplos de animais que se adaptam a ambientes dominados pelo homem. Segundo MacIvor, "Haverá sempre aqueles que têm caraterísticas adaptativas e flexibilidade suficiente nos seus comportamentos para subsistir num ambiente perturbado".

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Curiosidades - Veneno de aranha pode salvar abelhas, diz estudo


O Veneno de uma das aranhas mais venenosas do mundo pode ajudar a salvar as abelhas melíferas (produtoras de mel) ao servir de base para um bio-pesticida capaz de eliminar pragas, mas poupar os insectos que são polinizadores poderosos, revelou um estudo.
As populações de abelhas, tanto selvagens quanto criadas em cativeiro, estão em declínio na Europa, nas Américas e na Ásia por razões que os cientistas lutam para entender, e os pesticidas industriais são considerados os principais responsáveis.
No ano passado, cientistas alertaram que certos pesticidas usados para proteger cultivos ou colmeias podem confundir os circuitos cerebrais das abelhas, afectando a sua memória e suas habilidades de navegação das quais dependem para encontrar comida, colocando colmeias inteiras em perigo.
Desde então, a União Europeia impôs uma proibição temporária a alguns destes produtos químicos.
Agora, uma equipa da Universidade de Newcastle, em Inglaterra, descobriu que um bio-pesticida feito com uma toxina do veneno da aranha da família «Hexathelidae», natural da Austrália, e uma proteína da planta galanto, não prejudica as abelhas.
«Fornecer doses agudas e crónicas às abelhas, além dos níveis que experimentariam no campo, teve apenas um efeito suave na sobrevida das abelhas e nenhum efeito mensurável na sua aprendizagem e memória», informou a universidade em comunicado.
Nem as abelhas adultas, nem as lavras foram afectadas, reportou o estudo publicado na revista Proceedings of the Royal Society B.
Anteriormente, o bio-pesticida não demonstrou ter efeitos nocivos aos humanos, apesar de ser altamente tóxica para uma série de pragas importantes.
As abelhas respondem por 80% da polinização de plantas feita por insectos. Sem elas, muitos cultivos deixariam de dar frutos ou precisariam de ser polinizados manualmente.
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) informou que os polinizadores contribuem com pelo menos 70% dos grandes cultivos de alimentos humanos.
O valor económico dos serviços de polinização foi estimado em 208 mil milhões de dólares em 2005.
«Não haverá uma solução única», disse o co-autor do estudo, Angharad Gatehouse.
«O que precisamos é de uma estratégia de gestão integrada de pragas e pesticidas específicos e os insectos serão apenas uma parte disto», concluiu.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Mel da Lousã: Da flor da urze até às nossas casas


Para quem não teve oportunidade de ver, eis uma boa reportagem sobre o magnífico Mel de Urze que se produz na Serra da Lousã, produzida pelo “Economia Verde” e que passou na Sic Noticias.

Mel da Lousã: da flor da urze até às nossas casas

A 700 metros de altitude, as caixas verdes passam despercebidas na paisagem já de si verdejante da serra da Lousã. É aqui, bem lá no alto, que a produção de mel tem algumas das condições mais favoráveis de todo o território português.
É aqui também que encontramos Domingos Alves, apicultor há mais de 30 anos, que explicou ao Economia Verde parte do seu trabalho diário e uma das grandes virtudes de um apicultor: esperar. “Temos milhares de seres, que trabalham todos para um objetivo e sem conflitos. Já reparou nisso?”, gracejou Domingos Alves.
O mel ficará pronto para ser extraído em meados do Verão. Até lá, as 100 mil abelhas que podem viver numa colmeia continuarão a usar apenas o néctar da flor da urze da Serra da Lousã. É também por este motivo que o mel é mais escuro e, acreditam estes apicultores, mais saboroso.
Domingos faz parte da cooperativa de Vila Nova de Ceira, que em 2013 produziu 20 toneladas de mel.“Fazemos toda a extração do mel”, explicou ao Economia Verde Helena Rodrigues, da cooperativa de Vila Nova de Ceira.
“Tudo o que os nossos parceiros produzem fica na nossa melaria, nós ficamos com mel caso eles não o queiram, e garantimos o escoamento. E todos os apicultores que queiram transformar o seu mel podem fazê-lo na nossa unidade de extração”, explicou a responsável.
No ano passado, 15 apicultores da região aderiram à iniciativa da cooperativa de Vila Nova de Ceira.  Das 20 toneladas produzidas pela melaria, a maior parte teve origem nos produtores locais.
“O nosso lucro é ajudar os apicultores, é essa a nossa vantagem. E qualquer apicultor que trabalhe connosco tem a sua marca e imagem. Isso já é uma mais-valia”, continuou Helena.

 
 
Publicado em 04 de Junho de 2014.
Foto:  BotheredByBees / Creative Commons

segunda-feira, 2 de junho de 2014

CRIAÇÃO DE RAINHAS (1ª Experiencia)


Este ano fiz a minha primeira experiencia na Criação de Rainhas. Esta nova experiencia não era propriamente por necessidade, pois não tenho quantidade de colmeias que permita grandes desdobramentos, mas sim pelo desafio que tal representava.
A taxa de sucesso não foi a melhor (cerca de 20%), mas para um iniciado nestas andanças, e para a primeira tentativa acho que até nem correu muito mal.



 
Nasceram quatro, que tiveram direito a vestimenta verde (apesar de este ano ser dos Vermelhos - grande SLB), cor definida para marcar Rainhas em 2014.



Veremos como vai correr a fecundação, pois o tempo não está a ajudar. Temperaturas a rondar os 17º e muita chuva, não são propriamente as condições mais indicadas para que fiquem umas Rainhas de boa qualidade.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

As Abelhas foram á escola

No passado dia 21 março, as Abelhas foram visitar a escola Martin de Freitas em Coimbra.

A pedido da professora de Ciências Naturais, Regina Pires, e inserido no Dia Mundial da Floresta, realizei com a ajuda da minha esposa uma ação de sensibilização para todos os alunos do 5º ano intitulada "A VIDA DAS ABELHAS".

Nesta apresentação levei para mostra algum material habitualmente usado na apicultura, tendo preparado também alguns Vídeos e PowerPoint, focando como ponto essencial os benefícios das abelhas na polonização.


Preparei também um Núcleo Expositor para dois quadros modelo reversível, tendo inclusive tido o cuidado de levar uma rainha marcada, que foi o êxito total, tanto para os miúdos como para os crescidos.



Cada uma das seções realizadas terminou sempre com uma prova de Mel.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

O Inicio da Paixão

Depois de um curso de iniciação à apicultura ministrado na Lousamel em 2012, eis que ficou o bichinho e esta paixão pela apicultura.

Devido à necessidade de passar a cuidar de duas colónias que já pertenciam á família, já à algum tempo que me incentivavam a aprender algo mais, foi então que a minha mulher me inscreveu para o referido curso. Nesse mesmo ano adquiri mais duas Colmeias com as quais o ano passado já tive um pouco de mel.

Com a criação deste Blog pretendo ir contando algumas das minhas aventuras e experiencias na apicultura. Como também não tenho tido com quem tirar muitas das dúvidas que vou tendo, agradeço que deixem os vossos comentários e opiniões.